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quarta-feira, 18 de maio de 2016

SEÇÃO 49 - NIOAQUE E A INVASÃO DA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO – 1864-1866



 CAPA




A INVASÃO DA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO PELO PARAGUAI,  AS LUTAS DE DEFESA E AS RETIRADAS”.

1864-1866
GUERRA DO PARAGUAI
PARTE 1ª

Introdução

Oficialmente considera o período do conflito geral da guerra do Paraguai – Tríplice Aliança (Argentina, Brasil, Uruguai) e o Paraguai 12 de Novembro 1864 com o aprisionamento do navio mercante brasileiro Marques de Olinda com o presidente da Província do Mato Grosso e o fim com o aprisionamento e morte do presidente do Paraguai, Francisco Solano Lopez em, 1º de Março de 1870.

Os Historiadores, Pesquisadores, Documentários de Multimídia, Tratados Acadêmicos, Trabalhos de Jornalistas, Autodidatas de diferentes nacionalidades e concepção ideológicas tratam a questão por denominações de Guerra do Paraguai; Guerra do Brasil; Guerra da Prata, Guerra da Tríplice aliança (Brasil, Argentina, Uruguai) contra o Paraguai; conflitos Sul Americano entre outros.

No ato da (re)leitura deve ser levada em consideração a nacionalidade do Pesquisador se Brasileiro, Paraguaio, Argentino, Uruguaio, Norte Americano, Britânico, Alemão, Francês...

Outro aspecto considerável é a formação acadêmica do Pesquisador, que nem sempre é o de Historiador: Há trabalhos produzidos por militares de diferentes patentes e formação e por civis de diferentes formações acadêmicas e exercício profissional, professores, acadêmicos, sociólogos, historiadores, jornalistas, diplomatas, empresários de ramos diversificados, e muitos autodidatas.

Outro elemento a não ser desconsiderado é a época, o tempo, o momento histórico, político, econômico, religioso, cultural em que o pesquisador está contextualizado.

E por fim a metodologia empregada para a pesquisa na analise do fato histórico que produzirá a leitura final.

O que tem a ver tudo isso?

O “Fato Histórico, o Acontecimento” curiosamente,  mesmo  sendo de épocas seculares ou até milenar, é sempre dinâmico  nas suas (re)leituras, análises, interpretações e conclusões. Deste modo, o “Fato Histórico” permite diversificados olhares.  São Paradoxos e Paradigmas dentro da Dialética da sociedade que é sempre constituída de contradições “Prós e Contras”; “Mitos, Heróis, Cultos, Vítimas, Fanatismo, Nacionalismo, Pragmatismo, Ideologias, Dominador, Dominados”...

O Escritor perpassa nos seus escritos um pouco das suas convicções pessoais, um pouco do momento Histórico em que vive e da origem das fontes onde ele busca os “fatos Históricos” para a sua releitura.

Deste modo, o leitor(es) irão encontrar diversas narrativas interpretativas para o “todo” ou para “partes” do “fato histórico”.  Não é exagero afirmar, que a (re)leitura do fato histórico, é sempre de uma lógica subjetiva, porque permite a Dialética ideológica.

Quando o fato Histórico é o de uma Guerra onde estiveram envolvidos nações, populações, espaço geográfico, interesses ideológicos, políticos, econômicos diversos permite sempre novas leituras ou olhares, ainda que os personagens sejam os mesmos.

Do ponto de vista da formação do cidadão  e da cidadania é positivo, desde que não venha a ser utilizada para manipular a população para um fanatismo, nacionalismo extremista, xenofobia, hostilizações.

Diante do Exposto, tratarei pela denominação “Guerra do Paraguai”, termo mais usual no Brasil.

Também delimitarei a exposição somente sobre “partes” de “fatos Históricos” que aconteceram na então Província de Mato Grosso, compreendendo no contexto atual, os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, do Império do Brasil. A Divisão Geográfica do Mato Grosso só ocorreu Oficialmente em 11 de outubro de 1977, até então, todos os acontecimentos são tratados como Parte Geográfica da Província/Estado de Mato Grosso.

O subtema que delinearei tem como focalização “A INVASÃO DA PROVÍNCIA DE MATO GROSSO PELO PARAGUAI,  AS LUTAS DE DEFESA E AS RETIRADAS”.

No Contexto Histórico é dada toda a ênfase à “Epopeia da Retirada da Laguna”, imortalizada pelo Oficial da Comissão de Engenharia “Visconde de Taunay” e demais documentos e relatórios militares.  A análise  histórica que proponho é sobre o primeiro período da Guerra e da Invasão da Província de Mato Grosso, antes da chegada das Tropas que vieram de diversas partes do Império para a defesa da região. Acontece que no período compreendido a Dezembro de 1864/Setembro 1866, o domínio total era de posse da Republica do Paraguai.   A primeira força que pisou o território de Mato Grosso foi a coluna de Goiás, composta de 1 batalhão e 1 esquadrão de cavalaria, ao mando do tenente coronel Mendes Guimarães. Essa força acampou no Coxim no dia 7 de Setembro, e ali aguardou a chegada das tropas que marchavam de Minas e S. Paulo, as quais, depois de terem atravessado o território das Províncias de S. Paulo; Minas e Goiás penetraram, em Novembro, no de Mato Grosso, e reuniram-se aos goianos, em 20 de Dezembro, no Coxim.  (Ver imagem 66, visão panorâmica da cidade de Coxim, no Norte  de Mato Grosso do Sul, foi invadida  pelas tropas paraguaias em operação na região. Vista também da confluência dos rios Coxim e Taquari)

Nesta primeira fase da Guerra houve várias reações e retiradas, por tropas militares, escravos, indígenas, mercadores, prestadores de serviços, eclesiásticos, populações não militar habitantes das áreas rurais, Colônias, Povoações, Vilas, Fortes, Presídios, Aldeamento indígena.

Trata-se de três artigos:

  1. A Invasão da Província do Mato Grosso pelas Tropas Militares da República do Paraguai e as reações dos militares, autoridades e populações brasileiras existentes na época e as Retiradas.

  1. O Segundo Artigo tratará da reocupação da Província por forças brasileiras. Reação iniciada com a chegada das Tropas Brasileiras oriundas do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas, Goiás  e a incorporação de tropas existentes na Província incluindo civis.

  1. O Terceiro Artigo abordará algumas das consequências deste conflito para a Província de Mato Grosso; tais como demarcação da fronteira, a reocupação populacional das terras e nascimento e cidades; a convivência entre brasileiro e paraguaio e vice versa dentro do Estado de Mato Grosso do Sul e a recuperação das memórias por militares, civis e turismo históricos. Políticas públicas pela memória dos monumentos Históricos referentes aos diversos episódios históricos aos mato-grossenses e sul-mato-grossenses.

Não abordarei as questões motivadoras do conflito e nem o desenrolar pela região sul do País.  Há uma literatura muito vasta para o leitor que queira mais informações.  Em nosso blog[1] disponibilizamos diversos informes, textos, imagens e vídeos.

Os apontamentos que serão transcritos são uma adaptação da obra citada[2] e de outras referências da minha coleta de dados. Com ressalva as notas de rodapé, as demais partes dos textos são transcritos nos termos originais do final do século XIX.  Os “topônimos” também são preservados a grafia original. Que o leitor não entenda o texto como “erros”, pela historicidade, adotamos preservar os “Termos dos Originais”.

Também a Estrutura didática e as ilustrações são de minha inclusão.

A Estrutura do Texto está dividida em duas partes:

A primeira parte do Texto é uma descrição geral dos fatos de registros históricos com subdivisões de subtítulos, notas explicativas, notas de rodapé e algumas imagens de caráter ilustrativas.




[2] A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA
(Império do Brasil, Republica Argentina e Republica Oriental do Uruguay)
CONTRA
O GOVERNO DA REPUBLICA DO PARAGUAY
(1864-1870)
COM CARTAS E PLANOS
POR
L. SCHNEIDER
Conselheiro privado e leitor de S. M. o Imperador da Alemanha e Rei da Prússia.
I º VOLUME – Capítulo IV
TRADUZIDO DO ALLEMÃO POR MANOEL THOMAZ ALVES NOGUEIRA
ANNOTADO
POR
J. M. DA SILVA PARANHOS
Ex-Secretário da Missão Especial do Brasil no Rio da Prata, membro do Instituto Histórico e Geographico do Brasil.

RIO DE JANEIRO
H. GARNIER — LIVREIRO-EDITOR
71, RUA DO OUVIDOR
1902
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